Falta de máquinas para industrialização e dificuldade no transporte do produto são os principais problemas
A farinha de mandioca, um dos principais produtos de consumo em Cruzeiro do Sul, tem encontrado dificuldades para a sua comercialização fora do município. Isso se deve a falta de industrialização do produto, embora, tenha a preferência dos consumidores de vários lugares do país.
Em Rio Branco, por exemplo, não é fácil encontrar farinha de Cruzeiro do Sul. Os atravessadores comercializam a maior parte, preferencialmente em Manaus, causando um prejuízo para quem mais deveria ter lucro com a venda do produto: o agricultor.
Antonio Azevedo, presidente da Cooperativa de Produtores de Farinha de Cruzeiro do Sul reconhece as dificuldades. “Os consumidores lá foram exigem a farinha já empacotada, no nosso caso, nós perdemos muito por falta de industrialização. Tem ainda a dificuldade do transporte, que na maior parte do ano é avião ou balsa”, observa.
Uma máquina de empacotar, encostada numa das salas da cooperativa por falta de recursos para o conserto, reflete bem essa realidade. Segundo o presidente, ela está parada há mais de 10 anos.
Para conhecermos melhor a vida dos produtores de farinha fomos até a comunidade rural Belo Jardim. Na chegada encontramos as irmãs Márcia e Francisca Gomes se revezando na confecção do biju, um derivado da mandioca bastante apreciado na região. O produto é colocado de forma improvisada dentro de caixas de papelão para ser vendido no mercado da cidade. Segundo elas, o transporte é uma das principais dificuldades.
A mãe das duas, Dona Maria Gomes, chega do roçado ainda de terçado em punho, e também participa da conversa. A produtora rural é um exemplo de persistência. Ela não desanima nunca e transporta a produção da lavoura de mandioca num carro de boi.
Produtores se unem e criam central das cooperativas do Juruá
Devidos aos problemas enfrentados pelos produtores rurais, presidentes de várias cooperativas do Juruá resolveram unir forças. Em recente reunião, eles criaram a Central das Cooperativas do Vale do Juruá, que atuará principalmente no apoio as cooperativas já existentes, na conquista de novos mercados e valorização do produto.
Todo o processo de criação desta central foi orientado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e pela Secretaria Estadual de Indústria e Comércio. De acordo com José Maria Freitas, representante da Secretária de Indústria e Comércio, a central vai permitir a realização de convênios com o governo do Estado para criar uma identidade visual, a marca, da farinha do Juruá.
Franco Melo Gomes, coordenador da Secretaria de Extensão e Produção Familiar no Juruá, diz que “apesar das dificuldades vividas no setor produtivo da região mais investimentos serão realizados em breve”.
O presidente eleito da nova central das cooperativas, Germano da Silva Gomes, destaca que só através da união os produtores conseguirão melhorar de vida. “Nós vamos encontrar uma saída para melhorar a vida dos produtores, se for através de um negócio desses, se não for não tem como ajudar, não tem
Falta de máquinas para industrialização e dificuldade no transporte do produto são os principais problemas
A farinha de mandioca, um dos principais produtos de consumo em Cruzeiro do Sul, tem encontrado dificuldades para a sua comercialização fora do município. Isso se deve a falta de industrialização do produto, embora, tenha a preferência dos consumidores de vários lugares do país.
Em Rio Branco, por exemplo, não é fácil encontrar farinha de Cruzeiro do Sul. Os atravessadores comercializam a maior parte, preferencialmente em Manaus, causando um prejuízo para quem mais deveria ter lucro com a venda do produto: o agricultor.
Antonio Azevedo, presidente da Cooperativa de Produtores de Farinha de Cruzeiro do Sul reconhece as dificuldades. “Os consumidores lá foram exigem a farinha já empacotada, no nosso caso, nós perdemos muito por falta de industrialização. Tem ainda a dificuldade do transporte, que na maior parte do ano é avião ou balsa”, observa.
Uma máquina de empacotar, encostada numa das salas da cooperativa por falta de recursos para o conserto, reflete bem essa realidade. Segundo o presidente, ela está parada há mais de 10 anos.
Para conhecermos melhor a vida dos produtores de farinha fomos até a comunidade rural Belo Jardim. Na chegada encontramos as irmãs Márcia e Francisca Gomes se revezando na confecção do biju, um derivado da mandioca bastante apreciado na região. O produto é colocado de forma improvisada dentro de caixas de papelão para ser vendido no mercado da cidade. Segundo elas, o transporte é uma das principais dificuldades.
A mãe das duas, Dona Maria Gomes, chega do roçado ainda de terçado em punho, e também participa da conversa. A produtora rural é um exemplo de persistência. Ela não desanima nunca e transporta a produção da lavoura de mandioca num carro de boi.
Produtores se unem e criam central das cooperativas do Juruá
Devidos aos problemas enfrentados pelos produtores rurais, presidentes de várias cooperativas do Juruá resolveram unir forças. Em recente reunião, eles criaram a Central das Cooperativas do Vale do Juruá, que atuará principalmente no apoio as cooperativas já existentes, na conquista de novos mercados e valorização do produto.
Todo o processo de criação desta central foi orientado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e pela Secretaria Estadual de Indústria e Comércio. De acordo com José Maria Freitas, representante da Secretária de Indústria e Comércio, a central vai permitir a realização de convênios com o governo do Estado para criar uma identidade visual, a marca, da farinha do Juruá.
Franco Melo Gomes, coordenador da Secretaria de Extensão e Produção Familiar no Juruá, diz que “apesar das dificuldades vividas no setor produtivo da região mais investimentos serão realizados em breve”.
O presidente eleito da nova central das cooperativas, Germano da Silva Gomes, destaca que só através da união os produtores conseguirão melhorar de vida. “Nós vamos encontrar uma saída para melhorar a vida dos produtores, se for através de um negócio desses, se não for não tem como ajudar, não tem como a gente receber ajuda”, conclui.
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